O primeiro projeto em Lisboa de Laurence Beysecker

  • Fotografia Francisco Nogueira

Foi durante uma viagem a Portugal que Laurence e Xavier, o seu marido, decidiram que Lisboa seria a cidade perfeita para criarem o seu novo projeto, Maison Amarande. Neste projeto de estreia na cidade, Laurence faz uma curadoria especial peças de design e obras de arte para uma casa de quatro andares nas Amoreiras. 

Design em Lisboa: Quando e como surgiu o seu interesse pelo design de interiores?

Laurence Beysecker: Tudo começou durante uma viagem ao norte das Filipinas, há 25 anos. Apaixonei-me pelos móveis feitos à mão, para guardar o arroz. Mais tarde, em Paris, fundei uma empresa de design de mobiliário e acabámos por expor as nossas coleções na feira Maison & Objet, há mais de 10 anos. Desenhávamos peças exclusivas, produzidas na Ásia (Vietnam, Mianmar, Filipinas, Índia) com recurso a materiais naturais e técnicas tradicionais. Combinava linhas modernas e simples. Depois decidi focar-me em design de interiores e fui estudar na École des Arts Decoratifs, em Paris.

DL: Lembra-se do seu primeiro projeto? Com que olhos o vê?

LB: O primeiro projecto que fizemos em Lisboa é este que vemos nas imagens. Tivemos a oportunidade de pensar uma casa incrível, com quatro andares, com jardim e uma piscina virada para o jardim das Amoreiras. O nosso cliente era um casal luso-belga e sentimo-nos abençoados por ter a oportunidade de trabalhar neste projeto incrível, uma vez que tínhamos acabado de chegar à cidade e não tínhamos nenhum contato de fornecedores ou empreiteiros. O projeto correu muito bem e acabámos por fazer mais três para os mesmos clientes.

DL: Qual é o processo de pensar criativamente sobre um espaço para outra pessoa viver?

LB: Para começar, costumo estudar detalhadamente o ambiente do projeto e as solicitações e necessidades dos clientes. Gosto de criar espaços tranquilos, confortáveis ​​e elegantes misturando materiais como madeira, pedra, vidro canelado e cerâmica com cores suaves. Sou um amante da arte e considero que as peças de arte são realmente um elemento chave para definir o estilo e a alma de uma casa. De certa forma, abordo o meu trabalho como uma artista que está a pintar, procuro criar uma composição harmoniosa entre os elementos e as cores, nada é colocado aleatoriamente, todos os materiais e peças são escolhidos cuidadosamente para criar um diálogo entre eles, que conta a história dos proprietários e reflete perfeitamente o seu modo de viver.

De certa forma, abordo o meu trabalho como uma artista que está a pintar, procuro criar uma composição harmoniosa entre os elementos e as cores. Nada é colocado aleatoriamente, todos os materiais e peças são escolhidos cuidadosamente para criar um diálogo entre eles.

DL: Onde encontra e procura inspiração?

LB: Eu diria em todos os lugares, em todos os detalhes da minha vida. Quando vou a um hotel, a um restaurante, a uma loja, não posso deixar de ver tudo, a forma como está construído, a forma como os materiais estão interligados.Também vou a muitas exposições, museus e feiras. Por último, caminhar é o meu hobby favorito e normalmente tenho muitas ideias durante as minhas caminhadas, quando o meu cérebro deixa de estar poluído com muita informação.

DL: Quais (ou quem) são suas maiores referências? O que mantém vivo o seu universo estético?

LB: Existem alguns estúdios de design de interiores que gosto de seguir porque adoro do estilo e da abordagem do design, das camadas de materiais e cores. Para citar alguns, Joanna Laven da Suécia, Fleur Delesalle da França, Nicolas Vanduysen da Bélgica, Frmwrkstudio da Holanda e Flaxstudio da Austrália. Tenho sempre curiosidade em descobrir novos materiais, novas técnicas, novas formas para tentar inovar e nunca mais fazer igual.

DL: Que peças escolhe primeiro? E porquê?

LB: Em geral, selecionamos primeiro a iluminação arquitetónica e depois as peças grandes, como o sofá e a mesa de jantar, uma vez que são os principais móveis de que precisamos para fazer uma composição. Mas em alguns casos, a abordagem pode ser totalmente diferente. Se os clientes têm uma coleção de arte com peças impactantes, uma ou algumas delas podem ser o ponto de partida do design.

DL: Quais são os requisitos (mais importantes) quando escolhe um objeto para o seu projeto?

Tenho vários. Para peças estofadas ou tapetes, gostamos que sejam de uma textura sofisticada e macia como seda, lã ou linho. Em seguida, é importante ter certeza de que a cor e a textura do objeto combinam com os restantes elementos do design. Então, temos que ver todas as amostras dos fornecedores para fazermos a nossa apresentação ao cliente. Claro que a qualidade e durabilidade são muito importantes, por isso temos uma seleção de marcas favoritas em que confiamos.

DL: Qual faz o exercício de criar harmonia nos espaços com a sua identidade, sem se repetir?

Tenho uma paleta de cores que muda um pouco com o tempo, mas permanece nos mesmos tons quentes e suaves. O mesmo acontece com os materiais, adoro todos os tipos de madeira, pedra, cerâmica, vidro que gosto de misturar. Os pequenos candeeiros, as maçanetas, os interruptores, também são detalhes muito importantes que selecionamos cuidadosamente numa lista específica. Em termos de design, temos algumas regras e princípios como portas de altura total, armários de altura total, focos orientáveis, rodapés embutidos, etc…Então, no geral, escolhemos e misturamos elementos da mesma categoria e isso resulta num estilo consistente.

Tenho uma paleta de cores que muda um pouco com o tempo, mas permanece nos mesmos tons quentes e suaves. O mesmo acontece com os materiais: adoro todos os tipos de madeira, pedra, cerâmica e vidro, que gosto de misturar.

DL: Como foi pensar neste projeto em Lisboa?

LB: Restaurámos esta casa de quatro andares do século XIX, transformando-a numa casa de estilo contemporâneo articulada em torno de uma escada central mínima em pedra e madeira. Para este projeto queríamos criar uma casa calma e tranquila no centro da cidade. Inspirámo-nos muito no ambiente, na arquitectura do aqueduto, no jardim das Amoreiras com o seu charmoso quiosque e na capela branca suspensa. O uso de venezianas de madeira nas áreas de convivência contribuiu muito para preservar a privacidade e oferecer uma sensação de casulo. O uso de materiais aconchegantes e naturais, como peças de mármore deslumbrantes para a cozinha, um chão maravilhosos de madeira de carvalho natural torna o espaço muito elegante. A casa foi totalmente mobiliada com peças novas provenientes de empresas de design exclusivas e completada com algumas peças de obras de arte encomendadas, graças a uma estreita colaboração com artistas internacionais.

DL: Como você descreve a colaboração com a QuartoSala?

LB: A relação com a QuartoSala é excelente, trabalhamos exclusivamente com a Ghislaine Ribeiro que é muito profissional e rápida nas respostas às nossas questões. Agradecemos o facto de a QuartoSala oferecer um portfólio tão vasto de marcas. A QuartoSala oferece também o serviço de armazenamento gratuito que é muito prático, pois alguns projectos podem sofrer atrasos devido a problemas de construção ou ao longo tempo de espera para obter licenças na Câmara Municipal. As entregas e montagem dos móveis também são muito bem geridas pela QuartoSala.

DL: Que marcas da QuartoSala destacaria e porquê?

LB: Gostamos muito de uma grande variedade de marcas, mas algumas das nossas favoritas são: Sollos, B&B Italia, Brokis, &Tradition, Punt, Baxter… As suas coleções combinam com o nosso estilo.

DL: E como foi criar uma relação com Lisboa?

LB:  Tem sido muito fácil criar uma relação com Lisboa. É uma cidade muito tranquila, espaçosa e bonita. As pessoas são muito simpáticas e a proximidade com o oceano e a natureza é muito boa. Quando criámos a empresa também acabámos por ter de criar uma rede de fornecedores, construtores, advogados e artesãos. Tivemos a sorte de conhecer algumas pessoas importantes e tudo correu bem e sem problemas. Continuamos ainda a procurar e a construir novas relações profissionais com designers, artistas e artesãos portugueses com quem desenvolvemos peças personalizadas e obras encomendadas.

DL: O que traz consigo desta experiência?

LB: Existem edifícios maravilhosos em Lisboa e é muito gratificante renovar alguns deles, mantendo ou restaurando (tanto quanto possível) elementos antigos como tectos moldados, pisos de madeira, portas esculpidas. A cidade está realmente a mudar muito no momento e é muito emocionante fazer parte desta transformação.

DL:  Você sente que a energia de cada cidade tem uma influência diferente nos seus projetos?

LB: Sim, claro, muitos elementos influenciam o nosso design em Lisboa: os edifícios coloridos, a natureza envolvente e o oceano, que é poderoso. Gosto sempre de criar uma ligação forte entre o interior do projeto e o seu ambiente. Assim, a nossa escolha de cores, desenho das formas, seleção de materiais é muito ditada pela localização do projeto.

DL: Que parte do seu trabalho a faz sonhar?

LB: Sou muito estimulada pelo meu trabalho e raramente paro de pensar nos meus projetos. Adoro a fase do concept design, quando procuramos ideias, procuramos materiais, descobrimos outros novos, combinamos os elementos, discutimos as opções com artesãos, designers e artistas. A parte favorita é quando terminamos o projeto e vemos que todos os elementos estão perfeitamente interligados e que o resultado é ainda melhor do que havíamos imaginado. E claro, quando os nossos clientes estão totalmente satisfeitos com a sua casa concluída, esta é a nossa melhor recompensa.

Colaboração: Pedro Carrilho

Gosto sempre de criar uma ligação forte entre o interior do projeto e o seu ambiente. Assim, a nossa escolha de cores, desenho das formas, seleção de materiais é muito ditada pela localização do projeto.

Laurence Beysecker

Depois de viver sete anos em Hong Kong, Laurence e Xavier, o seu marido, decidiram voltar para a Europa, mas queriam manter a emoção de viver em outro país, fora da sua zona de conforto.

Pensaram em vários locais do sul da Europa, mas depois de uma viagem a Portugal perceberam imediatamente de que era o país onde queriam viver.

Sentiram que que algo de muito especial estava a acontecer em Lisboa, com muita energia criativa e queriam fazer parte da mudança. Aqui descobriram uma cidade muito estética, graças à arquitetura dos prédios antigos, à espera de serem reformados.

Lisboa foi a cidade perfeita para criarem o seu novo projeto, Maison Amarande, que desenvolve duas atividades em paralelo: um estúdio de design de interiores para clientes particulares e um departamento de investimento imobiliário.

Dizem que viajar pelo mundo é fundamental para nutrir sua inspiração. “Tive a oportunidade de viver em diferentes países,: em França, Hong Kong, Suécia e agora Portugal, e essa possibilidade enriqueceu o meu estilo, camada por camada, ao longo do tempo. Sempre fui apaixonada por produtos bem elaborados, que revisitam conhecimentos tradicionais. Esta é a nossa forma de personalizar todos os projetos que concebemos e torná-los únicos”.

O primeiro projeto em Lisboa de Laurence Beysecker

  • Fotografia Francisco Nogueira

Foi durante uma viagem a Portugal que Laurence e Xavier, o seu marido, decidiram que Lisboa seria a cidade perfeita para criarem o seu novo projeto, Maison Amarande. Neste projeto de estreia na cidade, Laurence faz uma curadoria especial peças de design e obras de arte para uma casa de quatro andares nas Amoreiras. 

Design em Lisboa: Quando e como surgiu o seu interesse pelo design de interiores?

Laurence Beysecker: Tudo começou durante uma viagem ao norte das Filipinas, há 25 anos. Apaixonei-me pelos móveis feitos à mão, para guardar o arroz. Mais tarde, em Paris, fundei uma empresa de design de mobiliário e acabámos por expor as nossas coleções na feira Maison & Objet, há mais de 10 anos. Desenhávamos peças exclusivas, produzidas na Ásia (Vietnam, Mianmar, Filipinas, Índia) com recurso a materiais naturais e técnicas tradicionais. Combinava linhas modernas e simples. Depois decidi focar-me em design de interiores e fui estudar na École des Arts Decoratifs, em Paris.

DL: Lembra-se do seu primeiro projeto? Com que olhos o vê?

LB: O primeiro projecto que fizemos em Lisboa é este que vemos nas imagens. Tivemos a oportunidade de pensar uma casa incrível, com quatro andares, com jardim e uma piscina virada para o jardim das Amoreiras. O nosso cliente era um casal luso-belga e sentimo-nos abençoados por ter a oportunidade de trabalhar neste projeto incrível, uma vez que tínhamos acabado de chegar à cidade e não tínhamos nenhum contato de fornecedores ou empreiteiros. O projeto correu muito bem e acabámos por fazer mais três para os mesmos clientes.

DL: Qual é o processo de pensar criativamente sobre um espaço para outra pessoa viver?

LB: Para começar, costumo estudar detalhadamente o ambiente do projeto e as solicitações e necessidades dos clientes. Gosto de criar espaços tranquilos, confortáveis ​​e elegantes misturando materiais como madeira, pedra, vidro canelado e cerâmica com cores suaves. Sou um amante da arte e considero que as peças de arte são realmente um elemento chave para definir o estilo e a alma de uma casa. De certa forma, abordo o meu trabalho como uma artista que está a pintar, procuro criar uma composição harmoniosa entre os elementos e as cores, nada é colocado aleatoriamente, todos os materiais e peças são escolhidos cuidadosamente para criar um diálogo entre eles, que conta a história dos proprietários e reflete perfeitamente o seu modo de viver.

De certa forma, abordo o meu trabalho como uma artista que está a pintar, procuro criar uma composição harmoniosa entre os elementos e as cores. Nada é colocado aleatoriamente, todos os materiais e peças são escolhidos cuidadosamente para criar um diálogo entre eles.

DL: Onde encontra e procura inspiração?

LB: Eu diria em todos os lugares, em todos os detalhes da minha vida. Quando vou a um hotel, a um restaurante, a uma loja, não posso deixar de ver tudo, a forma como está construído, a forma como os materiais estão interligados.Também vou a muitas exposições, museus e feiras. Por último, caminhar é o meu hobby favorito e normalmente tenho muitas ideias durante as minhas caminhadas, quando o meu cérebro deixa de estar poluído com muita informação.

DL: Quais (ou quem) são suas maiores referências? O que mantém vivo o seu universo estético?

LB: Existem alguns estúdios de design de interiores que gosto de seguir porque adoro do estilo e da abordagem do design, das camadas de materiais e cores. Para citar alguns, Joanna Laven da Suécia, Fleur Delesalle da França, Nicolas Vanduysen da Bélgica, Frmwrkstudio da Holanda e Flaxstudio da Austrália. Tenho sempre curiosidade em descobrir novos materiais, novas técnicas, novas formas para tentar inovar e nunca mais fazer igual.

DL: Que peças escolhe primeiro? E porquê?

LB: Em geral, selecionamos primeiro a iluminação arquitetónica e depois as peças grandes, como o sofá e a mesa de jantar, uma vez que são os principais móveis de que precisamos para fazer uma composição. Mas em alguns casos, a abordagem pode ser totalmente diferente. Se os clientes têm uma coleção de arte com peças impactantes, uma ou algumas delas podem ser o ponto de partida do design.

DL: Quais são os requisitos (mais importantes) quando escolhe um objeto para o seu projeto?

Tenho vários. Para peças estofadas ou tapetes, gostamos que sejam de uma textura sofisticada e macia como seda, lã ou linho. Em seguida, é importante ter certeza de que a cor e a textura do objeto combinam com os restantes elementos do design. Então, temos que ver todas as amostras dos fornecedores para fazermos a nossa apresentação ao cliente. Claro que a qualidade e durabilidade são muito importantes, por isso temos uma seleção de marcas favoritas em que confiamos.

DL: Qual faz o exercício de criar harmonia nos espaços com a sua identidade, sem se repetir?

Tenho uma paleta de cores que muda um pouco com o tempo, mas permanece nos mesmos tons quentes e suaves. O mesmo acontece com os materiais, adoro todos os tipos de madeira, pedra, cerâmica, vidro que gosto de misturar. Os pequenos candeeiros, as maçanetas, os interruptores, também são detalhes muito importantes que selecionamos cuidadosamente numa lista específica. Em termos de design, temos algumas regras e princípios como portas de altura total, armários de altura total, focos orientáveis, rodapés embutidos, etc…Então, no geral, escolhemos e misturamos elementos da mesma categoria e isso resulta num estilo consistente.

Tenho uma paleta de cores que muda um pouco com o tempo, mas permanece nos mesmos tons quentes e suaves. O mesmo acontece com os materiais: adoro todos os tipos de madeira, pedra, cerâmica e vidro, que gosto de misturar.

DL: Como foi pensar neste projeto em Lisboa?

LB: Restaurámos esta casa de quatro andares do século XIX, transformando-a numa casa de estilo contemporâneo articulada em torno de uma escada central mínima em pedra e madeira. Para este projeto queríamos criar uma casa calma e tranquila no centro da cidade. Inspirámo-nos muito no ambiente, na arquitectura do aqueduto, no jardim das Amoreiras com o seu charmoso quiosque e na capela branca suspensa. O uso de venezianas de madeira nas áreas de convivência contribuiu muito para preservar a privacidade e oferecer uma sensação de casulo. O uso de materiais aconchegantes e naturais, como peças de mármore deslumbrantes para a cozinha, um chão maravilhosos de madeira de carvalho natural torna o espaço muito elegante. A casa foi totalmente mobiliada com peças novas provenientes de empresas de design exclusivas e completada com algumas peças de obras de arte encomendadas, graças a uma estreita colaboração com artistas internacionais.

DL: Como você descreve a colaboração com a QuartoSala?

LB: A relação com a QuartoSala é excelente, trabalhamos exclusivamente com a Ghislaine Ribeiro que é muito profissional e rápida nas respostas às nossas questões. Agradecemos o facto de a QuartoSala oferecer um portfólio tão vasto de marcas. A QuartoSala oferece também o serviço de armazenamento gratuito que é muito prático, pois alguns projectos podem sofrer atrasos devido a problemas de construção ou ao longo tempo de espera para obter licenças na Câmara Municipal. As entregas e montagem dos móveis também são muito bem geridas pela QuartoSala.

DL: Que marcas da QuartoSala destacaria e porquê?

LB: Gostamos muito de uma grande variedade de marcas, mas algumas das nossas favoritas são: Sollos, B&B Italia, Brokis, &Tradition, Punt, Baxter… As suas coleções combinam com o nosso estilo.

DL: E como foi criar uma relação com Lisboa?

LB:  Tem sido muito fácil criar uma relação com Lisboa. É uma cidade muito tranquila, espaçosa e bonita. As pessoas são muito simpáticas e a proximidade com o oceano e a natureza é muito boa. Quando criámos a empresa também acabámos por ter de criar uma rede de fornecedores, construtores, advogados e artesãos. Tivemos a sorte de conhecer algumas pessoas importantes e tudo correu bem e sem problemas. Continuamos ainda a procurar e a construir novas relações profissionais com designers, artistas e artesãos portugueses com quem desenvolvemos peças personalizadas e obras encomendadas.

DL: O que traz consigo desta experiência?

LB: Existem edifícios maravilhosos em Lisboa e é muito gratificante renovar alguns deles, mantendo ou restaurando (tanto quanto possível) elementos antigos como tectos moldados, pisos de madeira, portas esculpidas. A cidade está realmente a mudar muito no momento e é muito emocionante fazer parte desta transformação.

DL:  Você sente que a energia de cada cidade tem uma influência diferente nos seus projetos?

LB: Sim, claro, muitos elementos influenciam o nosso design em Lisboa: os edifícios coloridos, a natureza envolvente e o oceano, que é poderoso. Gosto sempre de criar uma ligação forte entre o interior do projeto e o seu ambiente. Assim, a nossa escolha de cores, desenho das formas, seleção de materiais é muito ditada pela localização do projeto.

DL: Que parte do seu trabalho a faz sonhar?

LB: Sou muito estimulada pelo meu trabalho e raramente paro de pensar nos meus projetos. Adoro a fase do concept design, quando procuramos ideias, procuramos materiais, descobrimos outros novos, combinamos os elementos, discutimos as opções com artesãos, designers e artistas. A parte favorita é quando terminamos o projeto e vemos que todos os elementos estão perfeitamente interligados e que o resultado é ainda melhor do que havíamos imaginado. E claro, quando os nossos clientes estão totalmente satisfeitos com a sua casa concluída, esta é a nossa melhor recompensa.

Colaboração: Pedro Carrilho

Gosto sempre de criar uma ligação forte entre o interior do projeto e o seu ambiente. Assim, a nossa escolha de cores, desenho das formas, seleção de materiais é muito ditada pela localização do projeto.

Laurence Beysecker

Depois de viver sete anos em Hong Kong, Laurence e Xavier, o seu marido, decidiram voltar para a Europa, mas queriam manter a emoção de viver em outro país, fora da sua zona de conforto.

Pensaram em vários locais do sul da Europa, mas depois de uma viagem a Portugal perceberam imediatamente de que era o país onde queriam viver.

Sentiram que que algo de muito especial estava a acontecer em Lisboa, com muita energia criativa e queriam fazer parte da mudança. Aqui descobriram uma cidade muito estética, graças à arquitetura dos prédios antigos, à espera de serem reformados.

Lisboa foi a cidade perfeita para criarem o seu novo projeto, Maison Amarande, que desenvolve duas atividades em paralelo: um estúdio de design de interiores para clientes particulares e um departamento de investimento imobiliário.

Dizem que viajar pelo mundo é fundamental para nutrir sua inspiração. “Tive a oportunidade de viver em diferentes países,: em França, Hong Kong, Suécia e agora Portugal, e essa possibilidade enriqueceu o meu estilo, camada por camada, ao longo do tempo. Sempre fui apaixonada por produtos bem elaborados, que revisitam conhecimentos tradicionais. Esta é a nossa forma de personalizar todos os projetos que concebemos e torná-los únicos”.

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