A arquiteta Andrea Chicharo formou-se em 1984 pela Universidade Santa Ursula, no Rio de Janeiro. Ainda em 1984 fundou o seu próprio atelier com uma sócia, e assim continuou por 10 anos. Em 1994 deu o nome de Andrea Chicharo ao atelier. Assina vários trabalhos em Londres e Miami, e já atuou em Paris e Nova York. Em todos estes anos tem desenvolvido o seu trabalho de arquitetura na área de projetos de residências e também na arquitetura de interiores. No Brasil já foi convidada para participar em várias edições da Casa Cor.
DL: Lembra-se do momento em que começou a interessar-se pela arquitetura de interiores?
AC: A arquitetura de interiores surgiu naturalmente na minha vida como consequência e parte de um todo. Por ser arquiteta, quando projeto uma residência o layout dos móveis para criar ambientes e a escolha de revestimentos são pensados na fase do projeto de arquitetura. Foi desta maneira que me vi envolvida diretamente com a arquitetura de interiores. Por outro lado sou contratada também especificamente para projetos de interiores, em edifícios já construídos.
DL: O que é que mais a apaixona no seu trabalho?
AC: O que mais gosto no meu trabalho são os desafios e a pesquisa diária, sempre com o objetivo de não repetir fórmulas e estar aberta a novos conceitos.
DL: Quem (ou quais) são as suas grandes referências quando imagina o seu universo estético?
AC: As minhas referências estéticas por um lado estão ligadas à minha origem brasileira, onde o uso de materiais naturais como a madeira, a palha e as pedras estão muito presentes. Busco também um certo minimalismo, ou seja, menos móveis em maiores proporções. Adoro misturar linguagens estéticas diferentes, seja artesanais ou de alta tecnologia e diferentes materiais. Muitas vezes gosto de usar peças de época que remetam para outros tempos.
DL: Há alguma peça de design ou objeto de desejo recorrente nos seus projetos?
AC: Tento não repetir peças porque existe muita variedade no mercado, estou sempre à procura de novos designers. Mas o mais importante é garantir a qualidade e o conforto. Tento sempre misturar marcas consagradas com marcas menos conhecidas, onde a estética é o elo de ligação fundamental.
DL: Como pensa um espaço que vai ser vivido por outras pessoas? Quais são as suas prioridades?
AC: A minha prioridade ao projetar uma casa é tentar interpretar as informações fornecidas pelos clientes, para assim conseguir dar resposta aos seus gostos e objetivos de forma concreta. Acho muito importante esta troca, é o que faz com que os projetos sejam únicos e não se tornem repetitivos.
DL: Uma marca com uma qualidade irrepreensível?
AC: Algumas das marcas que considero irrepreensíveis são a Minotti, Flexform, Poltrona Frau, House of Finn Juhl e Inoda + Sveje.
DL: Que designers admira?
AC: Admiro os designers Patricia Urquiola, Rodolfo Dordoni, Inoda+Sveje, Michael Anastassiades, Piero Lissoni, Sergio Rodrigues, Nendo, Salszupin, entre outros.
DL: Quais são as maiores diferenças entre o design brasileiro e o europeu? Tem interesse em explorar esse contraste nos seus projetos?
AC: A principal diferença entre os designers Brasileiros e os designers Europeus é o tipo de materiais com que trabalham. Materiais mais naturais como a palha, as pedras e as madeiras maciças são os mais utilizados nos móveis Brasileiros, enquanto que o uso de alta tecnologia no aço, vidro e mármore são mais frequentemente encontrados na indústria Europeia.
A principal diferença entre os designers Brasileiros e os designers Europeus é o tipo de materiais com que trabalham. Materiais mais naturais como a palha, as pedras e as madeiras maciças são os mais utilizados nos móveis Brasileiros, enquanto que o uso de alta tecnologia no aço, vidro e mármore são mais frequentemente encontrados na indústria Europeia.
DL: Segue tendências ou prefere clássicos intemporais?
AC: Não sigo tendências porque não gosto de fazer projetos desatualizados. Procuro sempre entender e até antecipar novos movimentos, pois as tendências estão em constante evolução.
DL: Qual é a primeira que escolhe no seu projeto e porquê?
AC: A primeira peça que escolho costuma ser o sofá, que determina os espaços e o tamanho dos quartos. Em seguida escolho a mesa de jantar, pelos mesmos motivos.
DL: Como descreveria este projeto?
AC: Este é um projeto que deu atenção especial ao aproveitamento dos espaços e a área exterior foi pensada para se integrar com a área interior, dando uma ideia de continuidade. Apliques verticais que lembram galpões de madeira encontrados em vilas rurais foram usados nas paredes da sala para criar ritmo no espaço e disfarçar o móvel de TV (embutido). Uma tribuna iluminada fazia a ligação entre as diferentes alturas do teto do apartamento. As cores quentes foram a opção escolhida, em que o verde da área interior destaca o jardim vertical da área externa. Como complemento, entraram em jogo a cor do azulejo e dos móveis cuidadosamente escolhidos tanto no design como nos materiais. A iluminação para mim é fundamental, por isso trabalho sempre com técnicos de iluminação nos meus projetos.
DL: Como começa o processo criativo? Tenta responder ao que seus clientes imaginam ou prefere desafiá-los a sair da zona de conforto?
AC: Na minha opinião é muito importante despertar o interesse do cliente e questionar os padrões pré-estabelecidos. Vejo sempre uma evolução nas escolhas dos meus clientes porque faço questão de explicar o motivo de cada peça selecionada. Por trás da harmonia das peças há sempre uma lógica estética e de proporções, que gosto de deixar bem clara a quem me contrata.
DL: Este projeto transmite modernidade e novidade. Como se mantém atual?
AC: O meu processo criativo começa com base nas limitações encontradas em cada local, na necessidade de equilíbrio dos espaços e nos objetivos que temos em mente.
O meu processo criativo começa com base nas limitações encontradas em cada sítio, a necessidade de equilíbrio dos espaços e os objetivos que temos em mente.
DL: Sente que é um desafio criar harmonia entre o mobiliário e a arte?
AC: As obras de arte, antes de tudo, têm que trazer emoção em quem as escolhe. Mas também não podem entrar em conflito com o ambiente, ou correm o risco de se desvalorizar.
DL: Como surgiu a ligação à QuartoSala? E como se consolidou esta relação no decorrer do projeto?
AC: Conheço a QuartoSala há alguns anos, temos uma sintonia boa e um convívio agradável. Tenho uma relação muito franca com a loja em relação ao budged e prazos de entrega. É uma boa parceria e atendem me sempre, mesmo quando peço marcas com que não costumam trabalhar. Temos uma relação de confiança e cooperação.
DL: Consegue destacar três peças da QuartoSala que tenham sido essenciais para dar vida ao projeto?
AC: O Sofá Atoll da B&B Italia, as cadeiras de jantar da Magis, desenhadas pelo espanhol Jaime Hayon, e móveis externos da Kettal foram as peças chave da QuartoSala.
DL: Alguma memória ligada a este projeto ou história para contar?
AC: Este apartamento foi comprado na planta e na altura ajudei os clientes a escolhê-lo, percebi logo o potencial da área externa quando interligada com o interior. Esta integração foi trabalhada pela disposição dos móveis e também através das cores dos ambientes e do mobiliário.
DL: Um lugar em Portugal a que tenha vontade de regressar?
AC: Existem tantos lugares interessantes em Portugal. Sempre que posso vou ao Alentejo e também adoro passar alguns dias na região do Douro.
A arquiteta Andrea Chicharo formou-se em 1984 pela Universidade Santa Ursula, no Rio de Janeiro. Ainda em 1984 fundou o seu próprio atelier com uma sócia, e assim continuou por 10 anos. Em 1994 deu o nome de Andrea Chicharo ao atelier. Assina vários trabalhos em Londres e Miami, e já atuou em Paris e Nova York. Em todos estes anos tem desenvolvido o seu trabalho de arquitetura na área de projetos de residências e também na arquitetura de interiores. No Brasil já foi convidada para participar em várias edições da Casa Cor.
DL: Lembra-se do momento em que começou a interessar-se pela arquitetura de interiores?
AC: A arquitetura de interiores surgiu naturalmente na minha vida como consequência e parte de um todo. Por ser arquiteta, quando projeto uma residência o layout dos móveis para criar ambientes e a escolha de revestimentos são pensados na fase do projeto de arquitetura. Foi desta maneira que me vi envolvida diretamente com a arquitetura de interiores. Por outro lado sou contratada também especificamente para projetos de interiores, em edifícios já construídos.
DL: O que é que mais a apaixona no seu trabalho?
AC: O que mais gosto no meu trabalho são os desafios e a pesquisa diária, sempre com o objetivo de não repetir fórmulas e estar aberta a novos conceitos.
DL: Quem (ou quais) são as suas grandes referências quando imagina o seu universo estético?
AC: As minhas referências estéticas por um lado estão ligadas à minha origem brasileira, onde o uso de materiais naturais como a madeira, a palha e as pedras estão muito presentes. Busco também um certo minimalismo, ou seja, menos móveis em maiores proporções. Adoro misturar linguagens estéticas diferentes, seja artesanais ou de alta tecnologia e diferentes materiais. Muitas vezes gosto de usar peças de época que remetam para outros tempos.
DL: Há alguma peça de design ou objeto de desejo recorrente nos seus projetos?
AC: Tento não repetir peças porque existe muita variedade no mercado, estou sempre à procura de novos designers. Mas o mais importante é garantir a qualidade e o conforto. Tento sempre misturar marcas consagradas com marcas menos conhecidas, onde a estética é o elo de ligação fundamental.
DL: Como pensa um espaço que vai ser vivido por outras pessoas? Quais são as suas prioridades?
AC: A minha prioridade ao projetar uma casa é tentar interpretar as informações fornecidas pelos clientes, para assim conseguir dar resposta aos seus gostos e objetivos de forma concreta. Acho muito importante esta troca, é o que faz com que os projetos sejam únicos e não se tornem repetitivos.
DL: Uma marca com uma qualidade irrepreensível?
AC: Algumas das marcas que considero irrepreensíveis são a Minotti, Flexform, Poltrona Frau, House of Finn Juhl e Inoda + Sveje.
DL: Que designers admira?
AC: Admiro os designers Patricia Urquiola, Rodolfo Dordoni, Inoda+Sveje, Michael Anastassiades, Piero Lissoni, Sergio Rodrigues, Nendo, Salszupin, entre outros.
DL: Quais são as maiores diferenças entre o design brasileiro e o europeu? Tem interesse em explorar esse contraste nos seus projetos?
AC: A principal diferença entre os designers Brasileiros e os designers Europeus é o tipo de materiais com que trabalham. Materiais mais naturais como a palha, as pedras e as madeiras maciças são os mais utilizados nos móveis Brasileiros, enquanto que o uso de alta tecnologia no aço, vidro e mármore são mais frequentemente encontrados na indústria Europeia.
A principal diferença entre os designers Brasileiros e os designers Europeus é o tipo de materiais com que trabalham. Materiais mais naturais como a palha, as pedras e as madeiras maciças são os mais utilizados nos móveis Brasileiros, enquanto que o uso de alta tecnologia no aço, vidro e mármore são mais frequentemente encontrados na indústria Europeia.
DL: Segue tendências ou prefere clássicos intemporais?
AC: Não sigo tendências porque não gosto de fazer projetos desatualizados. Procuro sempre entender e até antecipar novos movimentos, pois as tendências estão em constante evolução.
DL: Qual é a primeira que escolhe no seu projeto e porquê?
AC: A primeira peça que escolho costuma ser o sofá, que determina os espaços e o tamanho dos quartos. Em seguida escolho a mesa de jantar, pelos mesmos motivos.
DL: Como descreveria este projeto?
AC: Este é um projeto que deu atenção especial ao aproveitamento dos espaços e a área exterior foi pensada para se integrar com a área interior, dando uma ideia de continuidade. Apliques verticais que lembram galpões de madeira encontrados em vilas rurais foram usados nas paredes da sala para criar ritmo no espaço e disfarçar o móvel de TV (embutido). Uma tribuna iluminada fazia a ligação entre as diferentes alturas do teto do apartamento. As cores quentes foram a opção escolhida, em que o verde da área interior destaca o jardim vertical da área externa. Como complemento, entraram em jogo a cor do azulejo e dos móveis cuidadosamente escolhidos tanto no design como nos materiais. A iluminação para mim é fundamental, por isso trabalho sempre com técnicos de iluminação nos meus projetos.
DL: Como começa o processo criativo? Tenta responder ao que seus clientes imaginam ou prefere desafiá-los a sair da zona de conforto?
AC: Na minha opinião é muito importante despertar o interesse do cliente e questionar os padrões pré-estabelecidos. Vejo sempre uma evolução nas escolhas dos meus clientes porque faço questão de explicar o motivo de cada peça selecionada. Por trás da harmonia das peças há sempre uma lógica estética e de proporções, que gosto de deixar bem clara a quem me contrata.
DL: Este projeto transmite modernidade e novidade. Como se mantém atual?
AC: O meu processo criativo começa com base nas limitações encontradas em cada local, na necessidade de equilíbrio dos espaços e nos objetivos que temos em mente.
O meu processo criativo começa com base nas limitações encontradas em cada sítio, a necessidade de equilíbrio dos espaços e os objetivos que temos em mente.
DL: Sente que é um desafio criar harmonia entre o mobiliário e a arte?
AC: As obras de arte, antes de tudo, têm que trazer emoção em quem as escolhe. Mas também não podem entrar em conflito com o ambiente, ou correm o risco de se desvalorizar.
DL: Como surgiu a ligação à QuartoSala? E como se consolidou esta relação no decorrer do projeto?
AC: Conheço a QuartoSala há alguns anos, temos uma sintonia boa e um convívio agradável. Tenho uma relação muito franca com a loja em relação ao budged e prazos de entrega. É uma boa parceria e atendem me sempre, mesmo quando peço marcas com que não costumam trabalhar. Temos uma relação de confiança e cooperação.
DL: Consegue destacar três peças da QuartoSala que tenham sido essenciais para dar vida ao projeto?
AC: O Sofá Atoll da B&B Italia, as cadeiras de jantar da Magis, desenhadas pelo espanhol Jaime Hayon, e móveis externos da Kettal foram as peças chave da QuartoSala.
DL: Alguma memória ligada a este projeto ou história para contar?
AC: Este apartamento foi comprado na planta e na altura ajudei os clientes a escolhê-lo, percebi logo o potencial da área externa quando interligada com o interior. Esta integração foi trabalhada pela disposição dos móveis e também através das cores dos ambientes e do mobiliário.
DL: Um lugar em Portugal a que tenha vontade de regressar?
AC: Existem tantos lugares interessantes em Portugal. Sempre que posso vou ao Alentejo e também adoro passar alguns dias na região do Douro.
Design em Lisboa é uma plataforma digital pensada e desenvolvida pela QuartoSala para dar visibilidade a projetos, arquitetos, designers e artistas que são parte do processo de transformação da capital e estão a dar um novo fôlego ao design em Portugal. Com um olhar editorial, é feita uma curadoria e divulgação dos projetos mais interessantes e inesperados e são publicados artigos e entrevistas com talentos estabelecidos e outros emergentes, ligados ao universo da arquitetura de interiores mas também a outras esferas artísticas e criativas, como a pintura, escultura e fotografia. A intenção é compreender como é que esta comunidade ligada à arquitetura de interiores está a interagir com a herança cultural portuguesa e a reinventar a tradição com modernidade.